sábado, 28 de julho de 2018

IFBA reúne especialistas para lapidar o polo de Campo Formoso


Capacitar os profissionais envolvidos na extração e no beneficiamento da atividade mineradora e expandir a cadeia produtiva implantando cursos com novas especialidades de forma a criar um novo ciclo de desenvolvimento local que agregue valor à produção e gere mais oportunidades de emprego e renda para a população local.

Estes foram os desafios debatidos por educadores e especialistas para a implantação do Instituto Federal da Bahia (IFBA) no município de Campo Formoso, situada no território de identidade Piemonte Norte do Itapicuru, a 420km de Salvador.

Campo Formoso já oferece cursos EAD de curta duração do Pronatec IFBA, mas a parceria entre a Prefeitura local e o Instituto ganhará uma nova dimensão quando estiverem finalizadas as obras da construção  do primeiro módulo do IFBA, situado em um terreno doado pela municipalidade  ao lado da Escola Gilcina Carvalho, e para o qual foram destinados pelo MEC R$  1,183 milhão.

"Até ficar pronto os pavilhões a gente pode realizar cursos de qualificação de curta duração que futuramente vão se transformar em disciplinas do curso técnico", explicou o reitor Renato da Anunciação Filho, durante encontro realizado em seu gabinete na última sexta-feira, 27. "Temos que aproveitar o potencial local para transformá-la em um polo de produção de joias, para assim poder atrair outras atividades à região, como o turismo", acrescentou.

O reitor recebeu do grupo de trabalho formado pelos geólogos  Baldoíno Dias Neto e Márcio Sérgio de Andrade Vieira,  Andre Bolinches de Carvalho , Adalberto de Figueiredo Ribeiro, este último representando a CBPM, a ementa de um novo curso em lapidação de gemas. Também participaram do encontro Marcos Freire, da  DNPM, os pró-reitores de ensino, Jaqueline Oliveira, de Desenvolvimento Institucional, Anilson Cerqueira, a professora do Campus Jacobina Carina de Farias, o analista de sistemas Sergio Peneluc e a assessora da coordenação geral do Pronatec, Angela Romano.

Segundo Baldoino Neto, a chegada do IFBA representa a concretização de um antigo sonho que é o da profissionalização da produção mineral da região. "Estamos falando de um distrito de vocação mineira, um conjunto imenso de cromo, cobre, esmeralda, barita, rochas ornamentais, que ainda com outro potencial econômico extraordinário que é o da energia eólica", pontuou.

Adalberto Ribeiro destacou que a chegada do IFBA a Campo Formoso pode representar um novo ciclo de qualificação profissional na história da mineração local comparável ao que a Petrobras representou para o País na década de 1950, quando fomentou a implantação dos primeiros cursos universitários de geologia.  "O IFBA chega para levar a ciência a Campo Formoso, atuando na ponta da formação de profissionais para a minero-indústria", enalteceu.

Segundo André Bolinches de Carvalho, a iniciativa tende a criar uma nova mentalidade ao transformar o papel da mão-de-obra local, que e de mera extração de matéria-prima, para o de criação artística e empreendedorismo.

"A vantagem do IFBA em Campo Formoso vai ser a parte da inovação, a capacidade de tirar esse estigma de marginalidade da atividade garimpeira e mostrar que que essa pode ser uma atividade nobre, que gera trabalho criativo em moda e arte. A joalheria tem o potencial de atrair a juventude  e aproveitar rejeito de pedras de terceira qualidade a partir da combinação com outros elementos, como o sisal", sugeriu.

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