sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Trabalho de alunos do IFBA de Amargosa é selecionado pelo CONEPI


Silmary, Rosemare, Jociel, Diego e Rodolfo
Três estudantes do IFBA foram selecionados para apresentar um trabalho em conjunto com uma estudante da UFRB no Congresso Norte-Nordeste de Pesquisa e Inovação (CONEPI), que será realizado entre os dias 27 a 30 de novembro em Recife.

Jociel Nunes Vieira, Rodolfo Ramos Tavares e Diego Grecco Pereira, alunos do curso Técnico em Redes do pólo de Amargosa, vinculado ao Campus de Santo Antônio de Jesus, e Rosemare dos Santos Pereira (UFRB) tiveram o artigo "Reflexão Acerca da Cibercultura do Humano-Indivíduo-Estudante da EAD Virtual/Digital e Sua Participação no Ciberespaço", aprovado pela comissão organizadora da 12a edição do CONEPI, cujo tema é "Os dez anos da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica"

A assistente de coordenação do polo de Amargosa, Silmary Silva dos Santos, relata que compartilhou com os alunos a informação sobre o congresso que recebeu em um grupo de WhatsApp. Jociel inicialmente se interessou e perguntou se haveria auxílio do IFBA caso eles tivessem trabalho aprovado. Depois de receber o  aval da coordenação-geral do Pronatec, ele chamou os colegas para redigirem juntos e conseguiram submetê-lo a tempo de ser aprovado.

"Foi com muita alegria que recebemos a notícia da aprovação do relato de experiência dos alunos do curso de Redes. Principalmente por se tratar de jovens estudantes empenhados na busca pelo conhecimento. Esse evento será uma oportunidade privilegiada para que eles possam compartilhar as experiências vividas e agregar novas vivências à trajetória formativa deles", declarou Silmary.

A partir de autores como o filósofo Michel Foucault, Lorenzo García Aretio, Ivana Borges Carneiro e Oresti Preti, o trabalho dos estudantes do IFBA e da UFRB levanta a reflexão em torno do papel do humano-indivíduo-estudante de EAD na construção de processos de conhecimento e de avaliação e na própria formação docente, em oposição aos processos ainda tradicionais na forma mecânica de apreensão do saber como os conteúdos são abordados.

"O aluno continua sendo um 'objeto', a transmissão de conhecimentos unilateral (por parte do docente) ainda é vigente, os alunos falam o que sabem e conhecem, mas não gera um conhecimento que motive um trabalho individual, em grupo ou projeto a ser desenvolvido, eles ainda são sujeitos passivos, pois não fazem parte dos processos de construção dos PPP's – Projetos Políticos Pedagógicos, dos métodos avaliativos, não sugerem novas possibilidades de uso dos espaços alternativos da escola, cumprem aquilo que a escola indica como atividade de cunho coletivo, social e inovador", pontuam os autores.

"Os próprios discentes podem promover debates, jogos, seminários e diálogos externos à instituição escolar que podem se tornar ferramentas avaliativas. Claro que para tudo isso, os estudantes também devem se organizar e motivar o diálogo estudante-docente e estudante-instituição", sugerem.

terça-feira, 25 de setembro de 2018

Modelo de gestão esportiva do IFBA inspira o IFRS



O modelo integrador e inclusivo de gestão esportiva adotada pelo Instituto Federal da Bahia já começa a ser reconhecido para além das divisas do Estado da Bahia e da Região Nordeste.

Nesta segunda-feira, 24, a chefe do departamento de Ações de Cultura, Esporte e Lazer do IFBA, Micheli Venturini, iniciou uma oficina preparatória para a elaboração da Política de Esporte e Lazer do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS).

As atividades estão sendo realizadas no campus de Bento Gonçalves, a 109km de Porto Alegre, na Serra Gaúcha, com a exposição das ações realizadas pelo IFBA, que servirão de referência para os professores de educação física do IFRS.  O evento contou ainda com a participação da Pró Reitora de Extensão do IFRS, Marlova Benedetti e do Pro-Reitor de Ensino, Lucas Coradini.

Não é a primeira vez que o IFBA é procurado por outro instituto federal para compartilhar essa experiência: ano passado, ofereceu sua expertise ao IFBAIANO. Desta vez, no entanto, o trabalho ganha uma dimensão maior, sendo reconhecido por instituições de estados e regiões historicamente mais desenvolvidos que a Bahia e o Nordeste.
"Esse reconhecimento sinaliza o quanto o caminho que escolhemos é um bom caminho. É muito bom saber que o que estamos fazendo está se tornando uma referência nacional", diz Micheli, referindo-se ao processo de democratização da prática esportiva promovido pelo IFBA. A partir de 2014, a instituição construiu 12 ginásios poliesportivos no interior do estado e criou os Jogos Integradores do IFBA (JIFBA), com o foco voltado para atrair alunos de todos os perfis de condicionamento físico e não apenas os atletas. CLIQUE AQUI e confira o resultado desse trabalho.


sexta-feira, 21 de setembro de 2018

IFBA promove educação inclusiva e integradora através do esporte


Reitor confraterniza com atletas no alojamento da delegação do IFBA, em Fortaleza 

Sem uma prótese adequada para a prática esportiva, Lucas Deyner, de 17 anos, pratica o voleibol com o auxílio de uma muleta atada ao coto da perna direita, amputada após um atropelamento ocorrido quando ele tinha apenas cinco anos de idade.

"Foi uma honra imensa ter recebido a tocha das mãos do Pedro e acendido a pira", declara o aluno do segundo ano de eletromecânica do IFBA de Paulo Afonso, referindo-se à emocionante cerimônia de abertura dos JIFBA, realizada em agosto, em Simões Filho. Pedro Afonso, que entregou a tocha Lucas, aluno do campus de Ilhéus, também é amputado.

Estudante do quarto ano de eletrônica do campus Salvador, Robson dos Santos Alves, 23, ficou com a terceira colocação no tênis de mesa e com o lugar mais alto do pódio na prova de jogos eletrônicos, modalidade Fifa Soccer. "Quando recebi a medalha de ouro, subi no pódio e vi todos aplaudindo na língua de sinais, fiquei muito emocionado", relata Robson, que é surdo e conta com o auxílio de uma intérprete de sinais para realizar os estudos.

Lucas Deyner (centro) durante partida válida pelos JIFBA
Lucas (foto), Pedro e Robson são apenas alguns dos exemplos do caráter inclusivo dos Jogos Integradores do Instituto Federal da Bahia, os JIFBA. "Se no meio deste processo nós conseguirmos formar atletas de alto rendimento ótimo, mas o objetivo dos Jogos não é esse.  Queremos promover a educação, a inclusão e a integração dos nossos estudantes", explica o reitor Renato da Anunciação Filho.

Ex-aluno e professor do IFBA, Renato conhece a luta de Lucas, Pedro, Robson e outros 120 alunos com deficiência física do IFBA contra as limitações impostas pelo preconceito e pelo próprio corpo ao longo de sua vida estudantil e acadêmica. Com uma atrofia na perna direita decorrente de paralisia infantil, o ex-aluno e ex-professor da instituição defende, no entanto, que para serem realmente integradores, os Jogos não podem ceder à lógica da segregação contida na divisão entre modalidades olímpicas e paraolímpicas.

Jogo de basquete em cadeiras de rodas válido pelos JIFBA
A alternativa a este modelo foi colocar atletas que não tem deficiência para disputar em condições idênticas às dos deficientes. A primeira experiência nesse sentido foi o jogo de basquete em cadeiras de rodas reunindo competidores com e sem deficiência, disputado nos JIFBA 2018. "A ideia é justamente chamar a atenção para a necessidade de se tratar as pessoas com deficiência de forma horizontal e não de cima pra baixo", justifica o reitor, que pretende replicar a experiência na próxima edição dos JIFBA com atletas videntes e cegos disputando juntos uma partida de futebol, todos vendados. 

O IFBA defende que estes conceitos sejam aplicados também à edição de 2019 da etapa nacional dos JIF, que será disputada em Salvador. "Sabemos que há uma resistência muito grande no Conselho Nacional (CONIF), mas insistimos quanto à importância de incorporar ao xadrez os jogos eletrônicos e o dominó para permitir a participação daqueles que não têm aptidão física para disputar outras modalidades", pontua Renato.

INTEGRAÇÃO

A prática esportiva enquanto instrumento de integração de uma instituição multicampi passou a ser viável a partir de meados de 2014, quando, na gestão de Aurina Oliveira Santana, o IFBA recebeu o aporte de R$ 27 milhões em recursos do MEC para construir e equipar ginásios poliesportivos em 12 campi.

No meio desse processo, já havia a reivindicação de muitos professores de educação física do interior para que seus alunos também pudessem representar o IFBA nos jogos regionais e nacionais, direito até então exclusivo aos estudantes do campus de Salvador.

Em 2015, em uma polêmica deliberação, o IFBA decidiu não participar dos JIF a fim de organizar uma seletiva capaz de incluir todos os campi da instituição: assim nasciam os JIFBA, um projeto construído a muitas mãos e que envolveu a participação de profissionais das mais diversas áreas do conhecimento, como pedagogos, psicólogos, assistentes sociais, e que teve na figura da chefe de comunicação e professora do curso de eventos Liz Rodrigues Cerqueira uma de suas maiores articuladoras.

"Saímos da condição de inexistência para construção de um evento esportivo democrático e amplo, e com foco em utilizar o esporte como bem cultural acessível a todos, independentemente da habilidade ou condição física", explica Micheli Venturini (foto), chefe do Departamento de Ações de Cultura, Esporte e Lazer do IFBA, viculado à Pró-Reitoria de Extensão (Proex).

"Para nós esse projeto se tornou fundamental na perspectiva do fortalecimento da pratica esportiva no IFBA de Porto Seguro", atesta o professor de educação física Ricardo Rodrigues Mendes.

Ex-diretor do campus Porto Seguro, Ricardo relata que o processo de dotação de infraestrutura e mão-de-obra qualificada para a prática esportiva teve efeito direto na qualidade de vida dos alunos, que saíram do quase absoluto sedentarismo para abraçar as realizações de um professor acostumado a ir muito além de suas atribuições.

Ricardo criou juntamente com um aluno bolsista em tecnologia um placar eletrônico acoplado a uma TV (foto), investiu R$ 314 para criar um par de campainhas eletrônicas para pedidos de tempo e substituições no vôlei (no mercado um par desse equipamento não custa menos de R$ 2,5 mil) e utilizou restos de madeira das obras do ginásio para fazer mesas do tênis de mesa.

Mas a legado que ele relata com maior orgulho não é uma obra física e sim comportamental: o fair-play esportivo. "Criamos nos jogos que disputamos com os campus de Ilhéus e Jequié a cultura de o jogador se acusar quando a bola resvala no bloqueio dele. É a coisa mais linda do mundo ver o árbitro perguntando e o jogador confirmando aquele toque que tira o ponto do time dele. Não é que esse atleta não queira ganhar, é que ele quer ganhar com justiça", declarou.

Mesmo os alunos de Salvador, que perderam a exclusividade de representar a Bahia, passaram a ver muito mais benefícios que prejuízos com a criação dos JIFBA. Julia Polena Costa, 19, aluna do quarto ano de edificação na capital, participou das três edições do evento. "De uma competição para outra, quem a gente estava revendo não eram adversários, mas amigos. A prova disso foi que duas semanas depois da última edição a nossa equipe de handebol estava viajando pra Jacobina a convite das meninas do time de handebol de lá", exemplifica.

EDUCAÇÃO
Um dos preconceitos que ainda paira sobre a atividade esportiva é a de que ela suga as forças que o aluno precisa para poder realizar os estudos. Embora reconheçam que treinar e competir exige tempo e dedicação já escassos para quem estuda em uma instituição federal profissionalizante conhecida pelo alto nível de exigência, nenhum dos alunos entrevistados admite que uma coisa atrapalhe a outra. "Pelo contrário, eu acho que se não fosse o esporte seria mais pesado", garante Julia. "Quando nós treinamos, competimos e viajamos juntas, criamos uma intimidade que é propícia também pra tirar dúvidas de outras disciplinas. Afinal, ninguém tira duvida com quem não tem intimidade", argumenta.

Segundo Micheli Venturini, o esporte não deve e nem pode atrapalhar o desempenho acadêmico dos estudantes. "Uma das condições para o aluno poder representar a instituição nos Jogos é ter no mínimo a média exigida pelo IFBA, que é a nota 6. Quem não estiver nessas condições, não pode competir".

DESEMPENHO
Ao longo dos últimos três anos desde a criação dos JIFBA, os números mostram que o objetivo de ampliar e democratizar a participação dos atletas/alunos baianos vem sendo alcançada.
Se em 2014, quando apenas os estudantes de Salvador representavam a instituição, a Bahia enviou 70 atletas aos JIF, para disputar 6 modalidades e conquistar cinco lugares no pódio, em 2018 a Bahia enviou a Natal 155 atletas de 17 campi, que participaram das 11 modalidades existentes e subiram ao pódio 19 vezes.

Os sete alunos medalhistas de ouro em Natal representaram o IFBA na etapa nacional dos Jogos dos Institutos Federais, realizada em outubro, no Ceará: a corredora Maria Luiza Marques foi recordista nos 200m feminino, com o tempo de 26seg9. O judô terá quatro representantes: Luanderson Santos Neres (Super Ligeiro), Reinam Carneiro (Meio Leve), Fernando Viana (Leve) e Gabriel Régis (Meio Médio).

Na natação (FOTO), Felipe Lemos da Rocha disputará os 50m livre e Kelvin dos Santos Lima Cruz, os 200m livre."Pratico natação desde os 5 anos de idade, mas esta foi a primeira vez que eu saí da Bahia pra participar de uma competição oficial", relata Felipe, 16, aluno de informática no campus de Jequié, que além do ouro nos 50m, faturou a prata nos 100m livre e o bronze nos 50m borboleta e no revezamento 4x100m, tornando-se o recordista recordista de medalhas da delegação baiana.

O projeto de educação, inclusão e integração pelo esporte entra na sua fase de maturação e o desempenho já poderá começar a ser avaliado a partir de 2019, quando completa quatro anos de sua implantação. Mas os resultados que se esperavam já estão sendo alcançados.

"Falar em medalhas é importante, mas muito menos importante diante de um trabalho com foco no que o esporte estava podendo fazer pela vida dos estudantes, ensinando disciplina, dignidade, responsabilidade, concentração, foco, dentre tantos outros valores que verdadeiramente importam na vida de um ser humano", conclui Micheli Venturini.

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Pronatec IFBA de Dias d'Ávila realiza aula de campo em Praia do Forte

As alunas do curso Pronatec IFBA Técnico em Hospedagem de Dias d'Ávila realizaram uma visita técnica ao complexo hoteleiro Iberostar, em Praia do Forte, destino turístico localizado a 55km de Salvador.

A aula de campo foi ministrada nesta terça-feira, 18, pela professora mediadora presencial do Pronatec IFBA Cleide Pinheiro e contou com o apoio da prefeitura de Dias d'Ávila, que cedeu o transporte, e pelo próprio Iberostar, que ofereceu um almoço às futuras profissionais do ramo hoteleiro.

"As alunas ficaram muito felizes com a visita porque puderam ver na prática o que aprenderam na disciplina  Técnicas de Hospedagem e Hospitalidade
", relata a turismóloga, que é graduada e pós-graduada na área de Turismo e trabalha com gestão e Planejamento do Turismo e também como consultora e instrutora no Sebrae.

Planejada para durar duas horas, a visita monitorada às instalações do hotel duraram quase cinco horas, tamanho o interesse demonstrado pelas alunas do curso subsequente, ou seja, destinado àqueles que já concluíram o segundo grau.

O curso Técnico em Hospedagem tem duração de três semestres e torna os concluintes aptos a trabalharem em diversas funções dentro dos meios de hospedagem, tais como recepção, reservas, eventos, call center dos grandes meios de hospedagem, dentre outros.

"Como quase todas as alunas do curso moram em Dias D'Avila e o município está próximo aos grandes hotéis da Estrada do Coco e Linha Verde, há muitas possibilidades abertas no mercado de trabalho", destaca Cleide Pinheiro.

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

IFBA Pronatec Aprendiz emprega 30 jovens em Vitória da Conquista

Depois de quase três meses de aulas teóricas, os 30 adolescentes selecionados pelo programa Cidadão Aprendiz começaram a trabalhar em secretarias municipais da prefeitura de Vitória da Conquista nesta quarta-feira, 13.

O convênio firmado entre o Instituto Federal da Bahia - IFBA, a Prefeitura e o Ministério do Trabalho, através do Pronatec, consiste em proporcionar a inserção de jovens em situação de vulnerabilidade social ou econômica no mercado de trabalho. Um projeto especial que o IFBA aderiu através do Programa Pronatec Aprendiz.

A cerimônia de posse dos novos servidores públicos contou com a presença do prefeito Herzem Gusmão, da secretária de educação de Vitória da Conquista, Selma Oliveira, e da coordenadora do Portal da Inovação & Qualidade Inq.Ifba, Graça Bittencourt, responsável pela parte pedagógica do projeto.

o portal desenvolveu um programa de gestão educacional para gerenciar as ações das aulas que terão uma duração de dois anos e que incluem ainda os cursos técnicos disponíveis atualmente no IFBA, complementando os estudos em sala de aula, através de palestras nas áreas de segurança do trabalho, meio ambiente e gestão, entre outras.

O projeto também conta com a parceria da EPCL Empreendimentos, que será responsável pelo contrato de aprendizagem, que garante ao jovem direitos trabalhistas como salário mínimo proporcional à jornada, FGTS com alíquota de 2%, vale transporte e seguro de vida.